terça-feira, 8 de julho de 2014

Era uma vez

  Esse texto eu escrevi não faz uma semana. Estava com saudades dessa sensação de gostar de algo que fiz, mesmo que no dia eu estivesse na minha pior situação, consegui transferir um pouco de tantos sentimentos que estava sentindo no Word, e agora compartilho com vocês. Espero que gostem, boa leitura!

Era uma vez

 “Era uma vez” é a maneira mais clichê de se contar uma história, mas dentre tantos clichês, esse é o menor. Nossa vida toda é vã, se pensarmos. É um grande clichê cheio de paradigmas. Então não vejo porque não começar a contar minha grande decepção com um “era uma vez”, já que não sei onde tudo isso começou nem quando e como vai acabar.
Nós passamos a vida toda procurando maneiras de nos preenchermos e sermos felizes, construindo sonhos e desejos. Se você realizasse todos eles, estaria satisfeito? Daria o valor que você dá quando conquista as coisas e não simplesmente as ganha? Muitas vezes nós deixamos de viver por padrões, nos prendemos as coisas impostas, fugindo do nosso próprio eu. E eu, como sempre consigo ser pior do que tudo na face da terra, sei disso, e ainda assim, não faço nada para mudar.
Nunca dei valor, por exemplo, ao céu e sua beleza. Estou começando a dar valor às coisas mais simples esse ano, e como isso é maravilhoso. Estar na sua pior situação, e olhar para o horizonte e ver como tudo é grande, e nós somos apenas um vazio carregado de perguntas. Isso me faz bem.
Se eu fosse citar todos os meus sonhos aqui nunca iria parar de escrever. Ia ser um seguido do outro. Mas em questão de um instante, vejo como isso é bom. Deveríamos parar de planejar tanto e vivermos. Planejar nossa vida e o que vamos fazer daqui anos com extrema exatidão nos faz viver de uma maneira tão programada. O máximo que me permito planejar é arrumar minha mala, separar um violão e viajar com meus amigos. Rir de coisas simples, mas que façam cada segundo ali valer a pena. Viver da música, cantar, mesmo que mal, e se sentir viva.
Nós nos entregamos às pessoas, a amores premeditados, sentimentos não específicos. Buscamos antes do amor próprio, sermos amados e amarmos. Se não nos amamos, como desejamos que outros nos amem? Eu mesma cometo isso, e não sei o que faço. Talvez esse seja um dos motivos para eu chorar de repente e querer que tudo acabe em um estalo de dedo.  Mas sei que não vai acabar, nem que eu implore de joelhos. Isso seria fugir de mim mesma, e eu pretendo mudar isso.
Eu amo meus amigos, e quero leva-los comigo para sempre. E demonstrar da melhor maneira possível, como sou grata por cada conselho. Se eles estão comigo, é porque realmente gostam de mim. Então acho que estou sendo amada e amando, o que me traz um tanto de amor próprio. Não muito, mas essa dose vai aumentar, por favor.

Agora, meu outro desejo é me amar, e amar intensamente todos os meus amigos, valorizar cada um deles, e talvez esse desejo eu faça questão de planejar, não quero errar, mas prometo que vou vive-lo realmente, sem regras e da melhor maneira possível.


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Beijos ♥

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