Passaram-se nem uma hora do meu primeiro post e lá vou eu. Senti que foi preciso eu postar um texto meu pra vocês. Estou realmente animada.Esse é o meu texto favorito dentre tantos que já escrevi, me desculpem caso esteja confuso ou com algum erro. Boa leitura! ♥
Obs.: Eu sou a pior pessoa do mundo com títulos e afins, então ignorem minha falta de criatividade para tal coisa. (nomes em inglês aparentam ser menos idiotas)
Hot like fire
De alguma forma, sabia que aquilo era errado. Mas a este ponto, que diferença faria? Ter pensamentos sujos em meio ao mundo de hoje não poderia me condenar, até porque, não tornei meus desejos em realidade... Ainda.Esta noite lembra-me tantas coisas. Ver meu reflexo manchado em um pequeno lago horas atrás, poder ver meus lábios levemente avermelhados e rachados, minha pele branca como a neve no chão que tanto caminhei. Dias de caminhada com alguns amigos me trouxeram até aqui, uma caverna, um tanto afastada de nosso acampamento improvisado.Meu coração, que tanto julgo frio, parece estar mais quente que meu corpo hoje. Nem mesmo minha melhor fogueira pode me esquentar realmente.Para ser sincera, só me encontro aqui porque desejo evita-lo o máximo possível. Não gostaria de sentir minhas mãos tremerem, e até mesmo meu coração sair pela minha boca ao simplesmente cruzar meus olhos azuis com aqueles castanhos que tanto me chamam. Será que ele se sente assim depois de tudo? Nosso romance proibido por sermos de reinos diferentes, reinos inimigos. Que clichê. Só nos encontramos no mesmo acampamento devido à guerra mal sucedida, onde ambos os reinos se deram mal e agora alguns foram obrigados a se juntar. Os plebeus viraram escravos, não que antes não fossem. E eu, que carrego sangue real, por sorte me encontro viva no meio de desconhecidos. Ele não passa de um bastardo... Lógico que tentam esconder isso ao máximo.- Sozinha novamente? – vejo grandes olhos castanhos cruzarem com os meus, mãos tremendo e um coração, o meu no caso, saindo pela boca.- Como me encontrou?- Eu te segui. – ele riu, como se aquilo fosse normal. – Você realmente não percebeu. Um tanto perigoso para uma dama.Evitei demonstrar qualquer tipo de reação. Mas automaticamente, corei e ri.- Que diferença faria ser morta? Meu reino está afundado. Assim como o seu. Sobrou apenas um, logicamente o que nos derrotou.- Agora você vive para de um reino? Seja livre! – gritou ele, como se não sofresse pelo acontecimento.- Eu sou livre!- Será mesmo? Eu te conheço bem, sei que odeia usar vestidos de seda, se comportar como uma dama, e viver trancada em um castelo cheio de guardas! Odeia se sentir presa, odeia que seu pai, seu falecido rei, brigasse com você por você simplesmente querer andar no meio da cidade!- Acha que me conhece mais do que eu mesma?- Não... Só estou dizendo que... – o interrompi.- Sabe o que eu odeio?! É você ser tão preso quanto eu e não admitir! O fato de nosso “romance” ser proibido por nossos pais! Você realmente acha que ser livre é isso? Poder fazer o que bem entender, mas não amar?- Eu a amo.Passaram-se uns segundos para eu poder compreender melhor que ele realmente havia falado aquilo. Ver ele se aproximando de mim e... Pude sentir o calor de sua mão tocar a minha, e a outra, me puxar levemente pela cintura. Não conseguia tirar meus olhos dos dele. O mundo lá fora já não existia mais, apenas eu e ele. Seu corpo tão quente, e agora tão próximo ao meu. Era este calor que eu procurava, que roupa alguma me proporcionou, muito menos o fogo.Sua boca carnuda era tão aconchegante, sentir seus lábios despejando beijos pelo meu pescoço, chegando ao encontro de nossas bocas. Seu gosto de mel. Sua mão firme puxando meus cabelos. Nossos beijos em um ritmo tão exato e constante. A imagem de seu corpo tão definido abraçado ao meu, me sentia segura.Não sei como definir o momento. Não sairia desta caverna nunca.Agora única coisa que restara no meu corpo era meu vestido de seda, que tanto odeio.- Deseja ser livre? – piscou ele abaixando as alças do meu vestido. – Está na hora de se livrar dele.Não via mais nada. Meu rosto cada vez mais corava e eu tremia. Sua mão tão firme, seus movimentos tão seguros. Realmente estou preparada?- Se você não quiser...- Eu esperei tanto por hoje. Não venha com isso. – respondi com meu corpo apoiado em seu manto jogado no chão.Mais beijos foram despejados pelo meu corpo. Logo em minha boca.Não diria que minha liberdade foi dada ao final dos Reinos, ao perder a importância de carregar um nome Real. De poder viver usando roupas confortáveis aos meus olhos ao invés de... Seda. Minha liberdade foi dada hoje, esta noite. Assim como a dele. Quando nos tornamos um corpo. Desejo viver minha vida por ele, e ele pela minha vida. Parece estranho, mas não me sentiria presa com isso.Ouvir suas doces palavras ao final de todo acontecimento me fez bem. Vou carrega-las sempre comigo.- Eu sou seu, e você é minha.- Eu sou sua, e você é meu.O começo da real história se iniciou esta noite.
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